A arquitetura moderna mudou a cara de São Paulo

Em 1922, São Paulo era frequentemente vista como uma província, uma cidade que almejava se tornar moderna e se renovar. Essa transformação demandava uma mudança estética significativa. Com o passar dos anos, tanto casas quanto edifícios começaram a adquirir traços modernos, à medida que arquitetos e urbanistas reconheciam a necessidade de tornar a cidade mais prática e funcional, alinhada com a sociedade em constante evolução.

O marco essencial do movimento modernista foi a adoção do concreto como matéria-prima fundamental para essa renovação. Essa abordagem representou uma fuga do conceito europeu predominante na época. Com o surgimento de renomados arquitetos no país, as construções passaram por uma significativa inovação.

É provável que você já tenha passado por algumas delas na cidade de São Paulo sem perceber. Então, que tal começar a observar mais atentamente a arte que faz parte do cenário da capital paulista?

O que é considerado moderno? O que é arte? O que é genuinamente brasileiro? Durante a primeira fase do modernismo, essas questões foram debatidas principalmente por pessoas de origem branca, herdeiras dos barões do café. Na década de 1920, o Brasil ainda era um país predominantemente rural, miscigenado, que havia abolido a escravidão há menos de 40 anos. Olhando com a perspectiva atual, a busca pela “alma brasileira” por parte de artistas com pouco contato com a população periférica pode ser interpretada, segundo pesquisadores, como folclórica e até mesmo como uma apropriação cultural.